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Bea fala sobre acesso do Flu à Série A1: “Nem as dores me impediram de lutar até o fim”

O domingo (11/06) foi histórico para o futebol feminino do Fluminense. Em Itacoatiara-AM, as Guerreiras derrotaram o JC nos pênaltis e conquistaram o acesso para a Série A1 do Brasileirão. O Flu acertou quatro das cinco cobranças, sendo a última convertida pela atacante Bea.

“Estava bem tranquila enquanto caminhava até a marca para pegar a bola. Nervosismo e pressão são coisas que consigo administrar bem, mas naquele momento eles não existiram. A responsabilidade, sim. Essa esteve presente do começo ao fim da partida. Senti câimbras bem no finalzinho do jogo e dor no tornozelo por conta de uma pancada que tomei no início, mas nem as dores me impediram de lutar até o fim”, disse a jogadora.

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O JC abriu as cobranças e desperdiçou duas vezes. A primeira parou em grande defesa de Amanda Coimbra, a outra foi para fora. No fim, a decisão estava nos pés de Bea que, com categoria, colocou a bola no canto esquerdo da goleira e correu para o abraço com suas companheiras.

“Estou até agora tentando entender o que estou sentindo com esse gol. É uma mistura de sentimentos bons que eu jamais vou conseguir explicar em palavras. A minha alegria dentro de campo é o que mais vou coroar desse dia, ali mostra o significado daquele gol que, com certeza, vai ficar marcado na minha carreira e na minha vida. Estou muito feliz em concretizar esse acesso”, comentou a camisa 24.  

Antes de vestir a armadura tricolor, Bea atuava pelo São José-SP, tendo passagens também por Náutico, Sport, Foz Cataratas e Kindermann. Com 26 anos, acumulou experiência em seus clubes e foi selecionada por Hoffmann Túlio para integrar a equipe em 2023. No time paulista, a jogadora conta que viveu um momento difícil com o rebaixamento para a A2 na temporada passada, por isso valorizou ainda mais a conquista com o Fluminense.

“Naquele momento passou um breve filme de tudo que vivi em 2022 e eu só pensava em mudar aquela chavinha na minha cabeça. Com certeza eu imaginava chegar aqui no Flu e ajudar o time a subir. Já conhecia um pouco do trabalho do Hoffmann e a ideia de subir o time com ele no comando foi a melhor que já existiu. Que bom que eu tive o grande privilégio de bater o pênalti decisivo e ajudar a fazer história aqui. Agradeço a ele por ter me dado a chance de vestir essa camisa e, claro, me  escolher para a cobrança”.

Agora que o primeiro objetivo foi conquistado, as Guerreiras vão em busca do título do Brasileiro A2. Para isso, primeiro precisa derrotar o Botafogo na semifinal, que acontece a partir deste fim de semana. Mesmo com a confiança em alta, Bea mantém os pés no chão e projeta um confronto duro contra o rival.

“As expectativas são as melhores. Sabemos que não será um jogo fácil, temos um time de muita qualidade e quem assistir vai ter certeza de um grande jogo. Lutaremos até o final dos 180 minutos em busca da grande final desse Brasileiro, que é o nosso campeonato. Fomos para Itacoatiara-AM em busca do acesso, conseguimos, agora voltamos pra casa em busca da grande final e que Deus nos abençoe nessa caminhada, porque chegamos até aqui graças a Ele e ao nosso trabalho”.

Comunicação FFC
Fotos: Juliana Oliveira/FFC