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Abel Braga diz que vitória no Fla x Flu vai encher o time de moral

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O técnico Abel Braga conversou com a imprensa na manhã desta quarta-feira no CTPA para falar do jogo  de amanhã contra o Flamengo, 16h, no Maracanã. Veja os principais trechos da entrevista.

CLÁSSICO

“O jogo é complicado para os dois. O Flamengo não vai conseguir entrar no G6 por causa desse jogo e nem o Fluminense sair do perigo do rebaixamento. Não é isso que vai mudar nada. Ainda faltam 12 jogos. Mas vamos entrar preocupados, porque precisamos sair o mais rápido possível desse momento. Os dois estão pressionados e vamos entrar com seriedade para solucionar os problemas que vão aparecer no jogo. Independente da rivalidade, queremos um bom resultado. Mas é um clássico que tem sido sempre de alto nível. Claro, que uma vitória te dá uma confiança legal.”

RETORNO DE JOGADORES

“Alguns jogadores estão voltando. Gum está fora há mais tempo, Pierre a menos tempos. Renato também. Vamos analisar o que é melhor. É um momento que o mental vale mais que o físico e o técnico. Mas estamos avaliando com cuidado. Só espero que a resposta de quem entrar seja no mesmo nível que me deu o Cavalieri no jogo passado.”

AUSÊNCIA

“Henrique está fora. Os demais estão todos treinando. Ainda faltam alguma coisa para alguns, com exceção dos que passaram por cirurgia como Calanzans, Luiz Fernando e Felipe.”

GOL NO FIM

“Contra o Grêmio, gostaria que o jogo tivesse acabado aos 40 minutos. Contra o Vitória, tomei o empate aos 48. E isso que tinha virado o jogo aos 42. Precisamos ter mais concentração, mas isso é momento. É saber valorizar uma falta, um escanteio, um lateral. A equipe tem se portado bem contra o Flamengo. Em Cariacica, eles estavam com titulares e nós fomos muito bem. Perdi alguns jogos em condições que vocês já sabem. Sem falar na final do campeonato, que ainda não engoli, mas deixa para lá.”

PRESSÃO DA TORCIDA

“O lado do que aconteceu no aeroporto, temos que entender. Expliquei aos meus jogadores. É o momento. Vem aí um jogo que o torcedor não gosta de perder de jeito nenhum, que é o Fla x Flu, contra uma equipe bastante tarimbada, cascuda. Temos que superar”.

NOME

“Envolveram meu nome em muita coisa essa semana. Chegaram a dizer que eu estava em São Paulo acertando com a seleção dos Emirados Árabes. Outro que eu tinha vetado um jogo contra o PSG. Isso nunca aconteceu. Quando uma coisa tá muito boa começam a surgir umas notícias inacreditáveis e quando está ruim fica ainda pior. O grande lance é sabermos a nossa dimensão. Tudo está dentro da normalidade. E no jogo voltarmos à nossa realidade, nossa produção.”

FLORIDA CUP

“Claro que fui consultado. Me perguntaram. Mas posso nem estar aqui ano que vem. A qualidade do torneio aumenta a cada ano que passa, é importante mostrar a marca internacionalmente. Corinthians e Atletico-MG estão todo ano lá. O Fluminense já foi duas vezes. Acho legal. Você já reparou que os grandes times europeus estão indo jogar na China e outros países? O negócio é faturamento, é mostrar a marca. O chato é que você estando lá ou não, é preciso estar dia 18 jogando o Estadual e vamos ter que antecipar alguns exames médicos”.

DÚVIDA PARA O CLÁSSICO

“Não sei se Orejula vai jogar. Ele jogou dois jogos pela seleção do Equador. Você consegue me responder se Cuellar e Guerrero vão jogar? Eles vão chegar juntos.  Se você me confirmar isso ou o treinador me confirmar, eu confirmo se Jéfferson joga ou não.”

FORMAÇÃO DO TIME EM 2017

“Se você pega o time do Fluminense que começou o campeonato Carioca, foi um time que ficou sete jogos sem tomar gol, que jogou um futebol fantástico. Aí vem a contusão do Scarpa, depois vem a do Douglas e depois vem a do Sornoza. Montamos uma outra equipe. Surgiu o Wendel, o Luiz Fernando começando a aparecer e Richarlison vindo da Seleção. Aí ficamos com Richarlison, Wellington Silva e Dourado. Jogando com três atacantes, a equipe ficou mais ofensiva, rápida e que botava medo no adversário. Hoje o futebol está assim: você quer a bola. Um time tem 58% e outro tem 42%, mas é esse que ganha o jogo. O perigo no futebol é quando se tem a bola. E quando você tem dois caras rápidos do lado campo, o adversário tem a bola mas tem medo. Sabe que não pode rifar a bola. Então tivemos que fazer essa equipe. Depois voltou o Douglas mas perdemos o Richarlison. Aí começa outro processo. Você dá uma sequencia ao Léo, aí o Léo cai um pouco. Chega o Marlon, que vem de uma camisa com menos peso, com grande qualidade, e em algum momento ele vai dar o salto que precisa para se firmar. Se você parar para pensar, de fevereiro até outubro, quantas equipes já foram formadas em oito meses? Isso prejudica o coletivo. E quando prejudica o coletivo você começa a ter preocupação em dar a responsabilidade a quem tecnicamente faz diferença, mas que não vão resolver sozinho. Por isso tenho tanta admiração pelo Scarpa: porque não se esconde, corre luta, está sempre disposto. Mas fica pesado sozinho. Acredito que a coisa deve melhorar. Douglas está com mais ritmo, mais inteiro, Sornoza mais inteiro e pode chegar a um nível melhor.”

PRESSÃO

“Ganhar é tão bom que vai mexer com o astral, a confiança e o emocional. Ficam dizendo que vamos pegar o Flamengo três vezes. Uma vez agora e duas vezes daqui a 20 dias apenas. Nesse momento é uma coisa importante. Se a gente não ganhar, vamos sentir. E vamos transferir para o jogo contra o Avaí. E vai ser assim até o final. Nós que entramos nessa situação. Não temos que colocar culpa em ninguém. Entramos e temos que procurar as soluções para levantar. “

GAROTOS

“Melhor lidar com pressão no clube que está sem dinheiro. Porque estou sendo obrigado a usar garotos, que são patrimônio do clube e são eles que vão trazer dinheiro para o clube lá na frente. Isso, nesse parâmetro, tenho um papel importante. Porque eu sabia da situação do clube quando peguei. Não sabia que era tão complicado, nem que iria trabalhar com tanto garoto. Mas a cobrança no craque é maior que no menino.”

COMPARAÇÃO COM A PONTE DE 2003

“Não quero viver aquilo. É muito ruim, estressante. Para quem é perfeccionista, você passa sem dormir. Você pensa, pensa, pensa. Até demais. Mas não quero passar por isso. Confio muito nos meus jogadores. Às vezes cai grande, às vezes não cai. Mas temos tudo para que isso não aconteça.”

Texto: Comunicação/FFC
Fotos: Nelson Perez/FFC